Finalmente o Botafogo acordou para a
realidade. Outrora se limitava apenas a “peneirar” novos talentos da Grande
João Pessoa perdendo tempo com “filhinhos de papai” e deixando de aproveitar o
potencial de jovens interioranos. Para minha surpresa, ao conduzir atletas
mirins de Sossego para uma avaliação em Cuité, me deparei com Aguinaldo, o velho
“risadinha”, muito bem acompanhados de dirigentes do time estrelado e um repórter
para registrar todos os acontecimentos.
Surpreso com tantos garotos à serem
observados Aguinaldo, postado numa arquibancada improvisada no Estádio
Municipal de Cuité, colocou em prática seu “olho clínico”. O interesse era
tanto que já projetava outro evento para a cidade de Nova Floresta, onde foi
colocado a disposição o estádio de futebol local, por sinal uma dos melhores do
Estado da Paraíba, guardando suas devidas proporções. Aguinaldo viu, fez anotações
e até elogios.
Excelente a idéia botafoguense. O futebol
está altamente inflacionado e, em não realizando “peneiradas” na busca de
talentos, dificilmente uma equipe da faixa financeira do Botafogo irá
sobreviver, caso não recorra a base e o aproveitamento de jovens atletas
oriundos de cidades paraibanas. Em dois expedientes os representantes do time
da capital deixaram muitos garotos ávidos de um lugar no mundo fantástico do
futebol. De Sossego, por exemplo, Lucas, Marcos, Diego e Netinho despertaram
interesse.
Parabéns a direção botafoguense. O
interior paraibano é um verdadeiro celeiro de bons atletas e, para tanto,
precisa do incentivo, reconhecimento e oportunidade. Além dos que foram
observados, mais dois atletas sosseguenses foram recomendados para posterior
observação: Boca, centroavante, 19 anos, e Johnine, meia de ligação, 20 anos.
São duas expressões do futebol curimatauense. Infelizmente estavam lesionados,
mas serão vistos na etapa de Nova Floresta.
(P/P Adamastor Chaves)
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