domingo, 24 de junho de 2012

Flamengo perde a primeira para o Grêmio

Flamengo perde a primeira para o Grêmio Grêmio mostra força e faz Flamengo perder a primeira: 2 a 0 no Olímpico

Tricolor reage bem à eliminação na Copa do Brasil e sobe na tabela com gols de Marcelo Moreno e Werley em Porto Alegre

Foi um choque de realidade a vitória de 2 a 0 do Grêmio sobre o Flamengo, neste domingo, no Olímpico. Para o bem e para o mal. No caso tricolor, para o bem, com a prova de que a eliminação na Copa do Brasil não foi o fim do mundo, com a garantia de que o Campeonato Brasileiro pode ser o melhor analgésico possível para as dores do meio de semana. Já no caso rubro-negro, foi um choque para o mal, com o aviso de que a invencibilidade no Nacional apenas eclipsava as falhas da equipe, com o sinal de que as duas vitórias seguidas não eram sinônimo de solução para tantos e tantos problemas apresentados na temporada. Não é exagero: os visitantes correram risco de goleada em Porto Alegre.

Gols de Marcelo Moreno e Werley reabilitaram o Grêmio e colocaram a equipe de Vanderlei Luxemburgo provisoriamente na quarta colocação do Brasileiro, com 12 pontos. O Flamengo, em sua última passagem pelo Olímpico, que deixará de ser a casa gremista no final do ano, caiu para o oitavo posto, com nove.

As duas equipes voltam a campo no domingo. Os gaúchos, às 18h30m, recebem o Atlético-MG; e os cariocas, às 16h, pegam o Atlético-GO no Engenhão.

O mais demorado dos gols

Eram 32 minutos do primeiro tempo quando Marcelo Moreno resolveu fazer aquele que pareceu ser o mais demorado dos gols. Os gremistas bem sabem: aqueles dois ou três segundos em que o atacante se enrolou com Paulo Victor e ficou cercado por três defensores, com o gol de braços abertos a sua frente, duraram a eternidade. O cabeludo deu a impressão de que não tinha a menor pressa para fazer o gol – de que poderia ficar por ali, brincando com a bola, até o limite da paciência. Mas ele fez o gol. Demorado ou não, fez o gol.

E fez um gol justo. O Grêmio teve mais volume (55% contra 45%), buscou mais o ataque (seis finalizações, contra quatro dos cariocas), embora jamais tenha amassado o adversário. A jogada que colocou os tricolores na frente começou com Souza, pela direita. Foi ele quem acionou Kleber. O Gladiador, cercado por Marllon e Airton, tocou a bola entre as pernas do volante. Marcelo Moreno deixou Wellington Silva no chão com um corte. Poderia ter chutado, mas tentou driblar Paulo Victor, que chegou a tocar na bola, mas não ficou com ela. Por fim, cercado por três marcadores, o atacante mandou de canhota.

O Grêmio, apesar de contar com três jogadores de marcação no meio (Fernando, Souza e Léo Gago), conseguiu ser envolvente no meio. Kleber circolou bastante: recuou, caiu pelos lados, atrapalhou a marcação. Um dos volantes, como se eles fizessem um rodízio, sempre chegava com maior força ao ataque. Um pouco por causa disso, a equipe comandada por Luxemburgo beliscou o travessão rubro-negro duas vezes – uma com Marcelo Moreno, após falha de Marllon, outra com Kleber, em chute colocado.

O Flamengo ameaçou mais de longe do que de perto. Renato mandou duas pancadas perigosas em cobranças de falta. Fora isso, restou um chute fraco de Vagner Love, em um raro momento de espaço no meio da zaga gremista.

Vitória garantida

Joel Santana resolveu mexer no time, esperançoso por um empate. Colocou Bottinelli no lugar de Wellington Silva. De fato, logo saiu mais um gol na partida. Mas para o Grêmio.

O time gaúcho ampliou em escanteio que foi consequência de chute que já poderia ter resultado em gol. Moreno bateu cruzado, e Paulo Victor, com a ponta da unha, conseguiu desviar pela linha de fundo. Na cobrança de Edílson, Werley desviou na primeira trave. Fuzilou de cabeça: 2 a 0.

O Tricolor tinha a vitória em mãos. O Flamengo precisou se jogar ao ataque. Luiz Antônio, figura mais sóbria do meio-campo rubro-negro, mandou chute forte, e Victor espalmou. Hernane, dentro da área, resolveu mostrar que estava em campo e mandou no cantinho. O goleiro do Grêmio voltou a salvar.

O panorama da partida se manteve. Por mais que a necessidade fosse maior para o Flamengo, era o Grêmio quem se mostrava perto do gol. Kleber perdeu um claro. Frente a frente com Paulo Victor, bateu mal na bola. Marcelo Moreno, pela esquerda, também parou no goleiro.

Joel tentou suas últimas cartadas. Colocou primeiro Negueba e depois Mattheus, filho de Bebeto. Mas não adiantou. Era uma tarde de vitória gremista.




G1

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